quinta-feira, 17 de março de 2011

“… você me provoca, você me  pertuba, joga água e sai correndo. Atira a pedra e me acerta de raspão,  me espia no escuro e mostra a língua, me xinga, me atiça. Invade o meu  sossego, meu refúgio, pisa no meu ninho com os sapatos sujos, na minha  toca, sem saber o meu tamanho, até onde vai meu bote, você me provoca  achando que não há perigo. Sem conhecer a força da minha mordida, o  tamanho dos caninos, você me provoca, sem esperar a picada, sem saber  que ainda não inventaram antídoto pro meu tipo de veneno.”
(Caio Fernando Abreu) 
“… você me provoca, você me pertuba, joga água e sai correndo. Atira a pedra e me acerta de raspão, me espia no escuro e mostra a língua, me xinga, me atiça. Invade o meu sossego, meu refúgio, pisa no meu ninho com os sapatos sujos, na minha toca, sem saber o meu tamanho, até onde vai meu bote, você me provoca achando que não há perigo. Sem conhecer a força da minha mordida, o tamanho dos caninos, você me provoca, sem esperar a picada, sem saber que ainda não inventaram antídoto pro meu tipo de veneno.”
(Caio Fernando Abreu)

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